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E o bullying volta a atacar.

Hoje acordei com uma chamada, de uma chata de primeira, que estremeceu o meu coração. A coisa que mais me repugna, o bullying. Então o menino desaparecido no Tua, Leandro de 12 anos, poderá ter cometido o suicidio, por razões que todos ignoraram.
Não sou mãe, não sou tia...mas adoro crianças.

Provavelmente o Leandro vai se tornar num exemplo, e provavelmente pais e professores vão se recordar desta situação durante uns meses(até cair no esquecimento), mas pode ser que durante breves momentos, haja a esperança de professores e auxiliares terem mais atenção do que se passa dentro das escolas. A violencia já não é de hoje, no meu tempo já havia, tenho 30, mas acredito que o que a minha querida professora fazia era o correcto, ela era mais do que professora, era nossa amiga.

Lamento o sofrimento do Leandro, que só com 12 anos, sofreu e decidiu acabar com esse sofrimento. Lamento que uma criança sinta tal dor, pela mesquinhice de outras. Lamento.

No entanto deixo um apelo, ajudem quem poderem, porque há centenas de crianças assim, que sofrem diáriamente.

3 comentários:

Helga Piçarra disse...

Infelizmente Lara. Eu tenho filhos e tento estar o mais presente possível na vida deles e perceber as suas preocupações, mas ainda assim preocupa-me bastante, que alguma coisa me possa escapar.

As crianças conseguem ser muito cruéis umas para as outras, ás vezes por palavras, outras vezes com o próprio silêncio e indiferença. Cabe-nos a nós intervir. Lamento profundamente pelo Leandro e por todas as crianças, que como ele, carregam tanto sofrimento com elas. Não deveria ser assim na idade deles.

Beijinhos .)

Lara disse...

Querida Helga,

Pela experiencia que tenho nesta situação, mesmo que as crianças gritem, na escola quem se queixa é "xibo" ou queixinhas e leva mais, que não se queixa é um bom saco de batatas. Os professores, esses são poucos os que se importam, e que acompanham. Em casa, digamos que nem toda a gente "perde tempo" a saber se tomaram banho quanto mais "com diálogos".

Fico triste, e magoa. Muito.

Helga Piçarra disse...

Por muito que me custe, tenho que concordar contigo. Eu fiz formação de pais quando os meus filhos ainda estavam no infantário. Foi uma experiência muito positiva, que me ensinou, não a ser mãe, pois isso não se aprende, sente-se, mas a saber lidar melhor com as complexidades das crianças. Quando anos mais tarde, tentei levar a mesma iniciativa para a escola estadual, ninguém aprovou ou deu sequer importância. Deixou-me triste, bastante mesmo. As pessoas desconhecem o que se aprende e o quanto isso pode ajudar os nossos filhos nas situações mais insignificantes.

Hoje em dia aponta-se o stress como responsável de todos os nossos erros e a maioria quando chega a casa, quer é atirar os sapatos para o lado e esticar-se no sofá. Os miúdos se quiserem desabafar, que desabafem mo messenger ou no facebook com quem não conhecem. Estou muito triste e revoltada com este acontecimento do Leandro. Tenho filhos e não consigo sequer imaginar, um deles passar pelo inferno que aquela criança passou, ao ponto de acabar com a própria vida apenas com 12 anos. Desculpa o desabafo, mas partilho da mesma mágoa e indignação...

Beijocas :)